Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora | 1968

by/por: 
Djalma Limongi Batista
Translated by: 
Matheus Pestana

Antônio, an unemployed lower-middle-class boy, wakes up late and leaves home to wander around São Paulo. He goes to meet a friend and breaks up with him. At night he meets a partner at the Metrópole Gallery, Isaías, for a sexual encounter. Despite the intense relationship between the two, Isaías begs Antônio to kill him.

Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, participant of the 1968 JB/Mesbla Brazilian Amateur Film Festival, is one of the first films to address a homosexual relationship in Brazilian cinema. Directed by the transgressor and obstinate Djalma Limongi Batista, the short film portrays, among other things, an intense affective and sexual relationship between two young men. The year of its premiere marked the history of Brazil as one of the most repressive in 21 years of the Brazilian military dictatorship. And even in the midst of censorship, that same year, the School of Communications and Arts of the University of São Paulo saw the first audiovisual production made by students of the Cinema course to portray homosexuality in a non-stigmatizing way.

Antônio, um rapaz desempregado, de classe média-baixa, acorda tarde e sai de casa para perambular por São Paulo. Vai ao encontro de um amigo e rompe com ele. À noite encontra um parceiro na Galeria Metrópole, Isaías, para um enlace sexual. Apesar da repentina e intensa relação entre os dois, Isaías implora para que Antônio o mate.

Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, participante do Festival Brasileiro de Cinema Amador JB/Mesbla de 1968, foi um dos primeiros filmes a abordar uma relação homossexual no cinema brasileiro. Dirigido pelo transgressor e obstinado Djalma Limongi Batista, o curta-metragem retrata, entre outras coisas, uma intensa relação afetiva e sexual entre dois jovens. O ano de sua estreia marcou a história do Brasil como um dos mais repressivos em 21 anos de ditadura militar brasileira, e mesmo em meio à censura, nesse mesmo ano, a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo viu a primeira produção audiovisual feita por estudantes do curso de Cinema retratando a homossexualidade de uma forma não estereotipada.